terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dia a dia



Demorei um pouco pra me acostumar com a palavra marido, e com o significado que ia ser visto por outros olhos..
Demorei, me acostumei, com essa vida mansa, sem problemas, com amor e sossego.
Demorei e esqueci o que me impedia de ir em frente, criei e recriei maturidade pra saber conviver com problemas sem eles me derrubarem.
Aprendi tudo pra hoje estar aqui, dando a certeza do que eu quero, desejo e anseio, que é você.
Velhinho, juntos, esperando o fim raiar. Só isso que desejo, meu amor.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Do que eu sonhava


Aprender a viver sem aquilo que nascemos convivendo. Sinceramente não posso falar que sei lidar com isso, sempre vivi dependente e agora vejo a porta aberta com tudo me pondo pra fora, como quem diz: vai lá, aprenda, cresça, seja feliz. Mas ainda sim meu coração se divide, se prende a raízes. E é preciso de mais o que pra seguir? Era tudo, exatamente tudo que eu queria e agora é o que me causa medo.
Vou minha mãe, mas eu volto aos domingos.
Vou, mas não me esqueço de você.
Vou, mas meu coração continua aqui.
Te amo.
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terça-feira, 19 de julho de 2011

O que será?


O que será, que não temos certeza, mas no fundo, ao lado da esperança, sabemos que vai acontecer.

O que será que me prende a você, assim como na hora de dormir, que seus olhos se fecham, e eu continuo estagnada olhando, imaginando...

O que será que me faz ficar, assim que eu vejo a porta aberta, esperando um empurrão pra eu ir e nunca mais voltar, eu fico... Sim, eu fico.

O que será que me faz perder noites e noites de sono, me faz revirar na cama fria quando estou só, até você chegar trazendo calor.

O que será que eu espero, desejo e aguardo.

Futuro, nosso futuro, assim eu espero...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ás 7


Já se foi aquele tempo que havia considerações, que eu podia confiar em qualquer sorriso carinhoso, e achar que realmente aquilo era carinho e não falso.

Se foi também aquele tempo que eu vivia de fantasias e sonhos, hoje meus pés estão fincados no chão, nessa realidade que eu levo todo dia. Sempre as 7, quando dói, me faz relembrar algo que eu sonhava, mas com os pés aqui presos, eu só almejo, como quem almeja algo que é impossível.

Aos poucos paro pra relembrar onde começou isso tudo, acho que me perdi na minha própria historia, onde eu deixei a felicidade de viver por aqui? Faz tempo mas eu lembro... Aqui era meu, eu saia por ai sem destino e via o meu destino passar, e sabia que era meu. Hoje vejo preto e branco, e só.

Mas quando dá aquele dia de toda semana, algo ganha cor...

Cor que eu perco assim que volto pra realidade disso tudo.

Eu poderia achar a melhor maneira de se viver aqui, mas meus braços estão cansados de tentar ajudar meus pés, puxá-los pra eu poder voar.

Cansaço, é exatamente o que define tudo isso...

segunda-feira, 30 de maio de 2011


Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer e vai passar, como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar. Eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar, eu não vou deixar...
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você?



Fresno - Milonga

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Identidade


Dias como o de hoje, são dias de luta.
Luta contra uma coisa que nunca me importei... O que realmente sou, e o que me tornei.
Dizem que a normalidade de ser e deixar de ser, muda com forme o que você se tornou, eu digo que é a pior maneira de crescer.
Sim, mãe, pai, tias e tios, eu cresci e não sei o que me tornei, se foi o que eu mesma esperava.
Procuro a solução para as pequenas questões mal resolvidas em mim, as duvidas e a minha própria condenação de ter deixado o que não devia para trás.
Perdi o conceito de família, amizade.
Me escondo de baixo de um edredom, só vejo o preto e o branco, do edredom, e do que tem aqui dentro.
Hoje, a única cor que reluz é o vermelho do amor. Só sei de isso, o bem, a malícia, o gostoso e o impossível. Que é ficar sem esse vermelho.
Não sei até onde vai essa minha estrada, sinceramente tenho medo.
Medo de perder mais pessoas que eu achava que não faziam falta, e quando perco, a saudade vem de uma forma devastadora.
Queria poder contar para vocês uma história linda, de uma menina decidida, madura o suficiente para poder falar: eu sei o que quero sonhar. Porque até nisso, eu tenho medo.
Quem olha assim não parece acreditar que por dentro de uma pessoa fria e grossa, existe medo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Contramão sinalizada

Você se permite, se deixa levar. Você se perde na sua própria decisão e não assume que gosta de se perder, te é comodo. Eu já não sei bem o que você realmente sente, se realmente você sente ou quer sentir, só pra relembrar. Não tem los Hermanos que entenda, que cante e você se identifique, nem eles tem a formula para o que você quer para você mesma. Eu, até mesmo eu, que não está, me perco, me perco em entender onde é que eu entro nisso, se é que eu entro. Pode ser que, ah... Já não pode ser nada, a decisão cabe a um, a dois, não a três. Te levo a sorte, e te espero coragem. Eu só te quero bem, meu bem...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Meu lugar




Algo por aqui soa leve. Ainda não sei identificar o que seja...
Aqui eu não sei fingir, mentir nem machucar, ando sentindo que realmente esse é meu lugar. Lugar onde me melhoro, me exploro, me entrego e aprendo um pouco mais quando as luzes se apagam.
A vida se tornou fácil, tranquila como as noites deitada no seu peito e ao fundo o barulho que palpita o meu coração, o seu coração.
Ouvir planos me contagia, planos de futuro, daquela casinha, aquela com a nossa cara, com os nossos amigos, com os nossos segredos, com a nossa vontade louca de viver juntos.
Esperar pra realizar, sonhar pra ter fé e te ter aqui, pra conseguir ser feliz, no nosso lar.

terça-feira, 22 de março de 2011

Delírio


Algo estava estranho quando ouvi ao fundo o ventilador, aquele barulho que me embala quando o sono está na porta do quarto.
Era um sonho apenas, delírio.
Acordei um pouco mais decidida do que dormi, ponderando certas verdades. Acordei querendo mais você, e aquelas suas manias das quais eu já não sei viver sem.
Despertei querendo um pouco mais de noites acordadas, risadinhas abafadas pela sua mão, que gentilmente tampa para não acordar ninguém.
Senti vontade de te amar mais, de revirar meu armário atrás do garfield só pra lembrar do tempo que era difícil amar sem doer, mas era gostoso o risco de não te ter.
Até que nesse embalo, o barulho ao fundo foi perdendo o sentido, meus devaneios foram parando...
Dormi e mais uma vez, sonhei com você.