quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre a felicidade


Nada aqui mudou dês de que não pude ficar mais.
Me parece que tudo ainda é a mesma coisa de antes, menos você.
Não me olhe assim, eu não quero uma briga nem o começo dela, você mudou, mas não é uma critica.
Hoje eu tenho mais sua atenção, seu amor por completo, seu quarto branco, sua cama quente com você ao meu lado, cochichando coisas em uma imitação linda de voz de bebê.
Hoje eu tenho a noção da palavra meu. E mais ainda do nosso.
É tudo nosso meu amor... esse mundo ai fora, eu posso te dar, me dar, nos dar.
Somos assim, diferentes e completamente iguais, uma mistura completa e exata de perfeição. O que te falta eu tenho, e o que eu tenho te falta.
E, podendo até contradizer o que disse, ainda somos iguais em tantas coisas.
Não posso evitar cada sentimento e sensação que brota quando você me toca, é inevitável passar a mão pelo seu cabelo, e te puxar pro meu peito.
Tão inevitável quanto querer você aqui toda noite, do meu lado dormindo enquanto eu me orgulho de mim mesma por amar alguém tão perfeito.
Deus sabe até onde meu coração foi pra poder te ter comigo, ele também sabe que eu sempre te mereci e que eu ia te ter, demorasse o tempo que fosse, eu ia.
E eu sei que demorou, doeu, cicatrizou e hoje só tenho marcas.
Marcas de um futuro bom.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lado verde


Era tudo muito tranquilo, o verde era o mais bonito, o céu era claro, mas ainda tinha o vestígio que o dia antes era de chuva.
Tudo era lindo, menos pra mim.
Via as pessoas passando, atarefadas, outras até cansadas... e nem prestando atenção neles eu conseguia ficar bem, bem como eu tinha que estar.
O tempo passava como passava o ano, demorado e doido.
Nos dias de chuva eu ficava em casa, nos dias de sol eu ficava em casa.
Nos dias nublados eu andava, sabia que não iria encontrar ninguém pela rua, todos com medo da chuva passar por ali.
Eu gostava da solidão que eu tinha, eu gostava de sentar em algum lugar, ver as árvores. E quando sentia o primeiro pingo, eu gostava de não sair do lugar, esperava a chuva como quem esperava Deus pra limpar a alma dos pecados.
Mas eu não tinha nenhum pecado, se é que amar demais era pecado.
Eu só queria esquecer. O que me fazia tão impotente, e isso acabava comigo.
Era tudo de um tom cinza, e não era pelo dia nublado.
Eu gostava de passar pela sua rua, era a única hora do dia que eu via as cores normais, até fortes para meus olhos desacostumados.
Eu costumava te ligar, só pro meu coração bater novamente assustado com a sua voz linda.
Eu gostava da umidez que tudo lá tinha.
Eu tirava as noites pros pesadelos com você. E o dia pra sonhar acordada com você.
Eu queria poder, tentar e conseguir.
Mas, de mim, só consegui esperar, me corroendo de saudades.
Hoje, depois de tudo já passado, isso costuma me trazer um torpor quando penso no assunto.
São as lembranças que tenho do lado verde.
E até saudades do cheiro que aquele lugar tinha, do quão tudo era marcado por nós dois.
Quando estou perto, triste, eu vou lá relembrar a minha tristeza passada, sento em frente o grande portão e relembro.
Os tempos de dor passaram, recebo a recompensa, a sua recompensa.
Eu te ganhei, e sofreria tudo novamente pra hoje poder dormir do seu lado, despreocupada, acordar e te olhar sereno, e conseguir depois de tantas magoas achar isso a melhor coisa do mundo.
Eu te amo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Das estações que te tenho


Quem olha assim nem parece acreditar que um dia eu estive lá, sozinha e carente de emoção.
E, todos os dias contados que passam, eu aguardo para o dia de você vir, e trazer com você a motivação dessa minha espera.
Eu acho que, nesse tempo que te aguardo, devia ser assim... passar rápido, desapercebido. Pra que eu não possa sofrer de saudade.
Mesmo sendo uma saudade que eu goste de sentir, só de saber que é por você.
E, é dessa felicidade que ando propagando pros mais próximos, as histórias que eu morro de rir de lembrar, eu conto como um prémio que ganhei.
Como o tempo passa e eu nem me dou conta, já faz mais de 3 estações que eu te tenho.
Te ter em cada clima está sendo maravilhoso!
E assim espero que passe por todas as estações, e que elas se repitam e que eu e você as veja passar, mudar e agradecendo por ter essa essência que nos mantém unidos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Future


Dizem por ai que isso não dura até a maior idade, que amor de adolescência é perda de tempo.
Que nessa idade, não tem respeito que sobreviva aos hormônios.
Eu não vejo assim.
Vejo meu futuro junto de mim, uma vida fácil de se levar, ao som de qualquer musica serena e digna desse nosso amor.
Acho digno Marisa Monte narrar minha velhice ao lado de meu amor.
Eu tenho fé.
Deus e eu sabemos que não tem como não ser assim. Pedi a Deus que escrevesse nosso futuro como eu queria... cheiro de flores do campo, seda branca em contraste da minha pele, simplicidade e amor.
Ele não me decepcionou, fez com que eu me orgulhasse de contar com ele.
Hoje onde eu olho tem azul, um tom diferente desses azuis que existem...
Vejo o azul do amor, o castanho dos olhos mais lindo que me encararam.
Eu vejo o amor de outra forma, não uma obrigação, mas sim algo natural.
Eu o vejo, e me vejo. Vejo meu amanhã e agradeço por ter conseguido te-lo, depois de tantas chances perdidas.
Como dizem, meu mundo gira em volta dele. Mas tenho que contradizer, o meu mundo não gira em torno dele, meu mundo é ele.

domingo, 18 de julho de 2010

Espelhos


Siluetas expostas a meia luz, pensamento longe, mas ao mesmo tempo deitado do meu lado.
Carinho sincronizados em minha barriga, arrepios percorrem cada centímetro que sua pele toca a minha.
É disso que eu to falando, desses momentos que me da vontade de continuar, sem parar nem um estante. Vontade de me juntar a você, me fundir em um só ser, pra não ter como estar longe.
Deitada no seu peito, olhando pro teto, vendo o que eu quero pra mim pelo resto de minha longa vida.
Espelho.
Me reparo, vejo além dos defeitos que insisto em ter, vejo eu e você, o contraste, a combinação.
O quão minhas pernas ficam bem em volta de sua cintura.
E a saudade que isso fica pelo resto da minha semana monótona.
Me faço, me desfaço. Fico e confesso que as vezes penso em ir.
Mas se vou, eu volto, por não conseguir ficar longe do ponto vital que tenho.
Aqui, a meia luz, do meu lado...
Não saio daqui mesmo, é disso que eu preciso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Para que minha vida siga adiante


A porta está ali, esperando pela razão da minha cabeça que deveria me levar até ela.
A cama ainda está quente.
Não gosto do jeito que me olha, tom de acusação. Eu sou a mocinha, dessa vez sim, meu bem.
Frieza e calmaria.
Eu nunca estive tão calma em dar uma decisão tão grossa e amargurada. Talvez seja porque já estava concretizada, certa de que isso era algo pra chegar ao meu fim.
Meu por saber que se eu passar daquela porta branca, o meu eu vai se apagar.
"Isso passa"... tentei confortar. Até mesmo me confortar.
Afinal, passa não passa?
Já senti tantas dores, que pareciam durar meus bem vividos 70 anos nesse mundo. E, passou tão rápido, que eu nem percebi.
Isso passaria rápido, se eu tivesse mesmo dado a decisão.
Mas, algo nos olhos fundos e vermelhos, algo atrás da acusação, me fez pensar no que eu perderia com isso.
Se eu ficar vai ser ruim pra mim, ir vai ser pior ainda.
Agora, entre as tantas pessoas que passam na rua, vendo os dois em pé, se encarando.
Não tinha resposta a dizer, por eu querer as duas coisas... ir e tentar ser eu sem ele, ou ficar e ser o meu eu que só sei ser com ele.
Eu te amo, foi o que consegui falar. Foi uma resposta, um veredito.
Entrei de novo pela porta branca, dessa vez decidida a ser o que não fui, decidida a desapegar.
Fiquei, não por ser burra.
Mas por amar demais, e ser egoísta a ponto de me fazer feliz, sem pensar do que isso pode causar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Torpor


Lá fora o verde passa como um borrão, quase desaparecido.
Essa escuridão chega a me dar medo.
O assunto é politica, nada que eu queira dar minha opinião.
Minha cabeça não esta por aqui, dentro desse carro. Ela está no ponto de partida, esperando por minha volta amanhã, pra me atormentar mais um pouco.
O escuro lá fora até me é confortável perto do torpor.
É tranquilo, suave, fácil.
Prefiro essa escuridão do que a da minha cabeça. Essa, tem graça.
E, como toda escuridão existe uma luz para salvar, iluminar.
O meu poste, a minha luz, anda longe.Não tão longe, eu ainda posso toca-la. Por pouco tempo, eu sinto que é por pouco.
A lâmpada anda fraca, me deixando em meio a escuridão.
A escuridão lá de fora tem uma lua pra confortar e clarear a noite.
Eu tenho uma lua, além do poste. Talvez a lua seja mais interessante do que a fraca luz do meu poste.
Duvido muito.
Esse poste já me foi um farol, daqueles que se vê a distancia.
A minha lua está ali pra todas outras, o meu poste não, só me ilumina.
Ainda fraca, eu a amo, e anseio por mais por ela, essa luz.
Meu poste não é nenhum satélite natural, é meu mundo.
Essa lua que tenho, hoje, me ajuda a clarear um pouco o que o poste não anda iluminando. Mas é passageiro, eu sei.
Lua, luz, lua, luz, lua, luz.
Luz, minha luz.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Recado não dado


Deve ser muito ruim mesmo, e talvez se torne pior ainda por ninguém saber disso, por você esconder isso. As vezes eu acho que eu sou a única que acompanha o seu “sofrimento” interno. E, modesta parte, eu sei lidar bem com isso. Assumo que algumas vezes eu me sinto mal sabendo dos seus sentimentos.
E quando eu me sinto mal eu procuro esquecer seus, ainda sentidos, sentimentos por quem me ama.
O pior de tudo é que a gente se da bem, somos opostamente atraídas. Em tantas diferenças, ainda conseguimos achar algo em comum, esse mesmo amor que sentimos. Você nega isso, mas você mesma se contradiz, se perde na sua própria mentira. E o que eu faço? Finjo que não vejo, que não percebo a sua curiosidade por tudo que envolve ele.
Eu conheço e entendo cada sentimento e sensação que você tem com relação a ele, afinal, eu já estive no seu lugar por um ano. Chorei, me senti mal, inferior a você, até mesmo feia. Como pode? O nome disso é sentimento de perda, ou até mesmo amor, amor sem ser mais correspondido...
Mas, do fundo do meu coração eu te desejo sorte, uma boa sorte pra encontrar alguém que tire esse sentimento de você. Que você tenha um amor maior que esse que você ainda carrega, mas já perdeu pro tempo.
Eu sei que você vai conseguir, vai encontrar. E, quem sabe quando você esvaziar seu coração e encher de um novo amor, quem sabe quando seu objetivo não for mais o mesmo que o meu, ai sim, você vai entender isso tudo que acabei de te falar, e vai sem dor e falsidade, conseguir lidar comigo.

Apostas e incertezas


É bom olhar pro lado e encontrar você.
Não sei meio o que te dizer, só sinto falta quando você não está por aqui.
Ando te procurando muito... mas, não me culpe. É meu coração que anda batendo muito por você.
E, sinceramente, isso me assusta.
Tenho que por ordem nisso, nos meus pensamentos e no limite que a minha cabeça achava que ia impor, mas desiste assim que vê o seu sorriso caloroso.
E junto do seu sorriso, me vem uma saudade absurda de passar o tempo sentada deitada no seu peito, vendo as pessoas passarem, falarem.. e não nos importar com o que elas pensam nos vendo ali.
Espero que isso passe, mas espero mais ainda que fique.
Que tome o rumo certo, ou continue no rumo errado.
Assumo, está muito conveniente sem rumo, continuaria assim... se não magoasse.
Vou ficar, e quem sabe ver no que vai dar.