sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Infinito Particular


Olha, de onde eu vim eu não aprendi o que é amor.
Olha, no meu mundo não existe desculpa, só orgulho e amor próprio.
No meu mundo, não me importo muito de magoar as pessoas, e não me dói ver ninguém chorar por eu não me preocupar.
No meu mundo, eu sou perdida, desalinhada com o que eu deveria ser, eu sou sozinha e não me importo por ser assim...
No meu mundo, a saudade não existe, o friozinho na barriga nunca senti, a paixão não aprendi a sentir.
Olha, não posso lhe dar muito, se você quiser ficar, se acomodar no meu mundo, eu só posso lhe dar atenção poucas vezes, mas te garanto que nas poucas vezes você não vai querer ir.
Só não se perca ao entrar no meu infinito particular.
No meu mundo de egoísmo, eu já me feri...
Algumas coisas ainda estão em andamento de cicatrização, outras sangram anos.
Mas, depois que alguém quis ficar, tentar mudar isso... eu descobri o que é amor. Eu ando descobrindo o que é isso e me surpreendendo com o que perdi não querendo saber o que era.
Depois que ele chegou, eu vi a importância de pedir desculpas e não ter orgulho, descobri que não posso magoar quem eu amo e achar isso uma coisa normal.
Descobri que a dois tudo fica melhor...
Senti saudades, friozinho na barriga, paixão! E confesso que não me achei uma idiota por isso.
Hoje, aprendi o que é isso, e de onde vem tanta vontade de continuar.
Hoje, nem mesmo o as minhas cicatrizes eternas me impedem de amar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Encontro e desencontro


Gelo parou os batimentos, o som sumiu, olhos fixos, o pensamento me fugiu.
E como um passe de magica, tudo rapidamente voltou de uma vez só.
Susto, o nome disso é susto, ou pelo menos era o que eu queria que fosse.
Me permiti sorrir e até sorrir daquele jeito... ah, você sabe qual!
Deixei que meus olhos percorressem toda superfice, ignorando certas coisas, não queria estragar aquele momento...
Deixei até que minha cabeça me levasse pra longe, em algum carnaval perdido, ou algum ano novo esquecido.
Deixei o susto passar, o gelo sumir do meu corpo, e só pude te admirar passar, sorridente, com andar elegante, lindo.
Podia ter ido lá, proposto qualquer coisa que te tirasse do lado de quem eu não queria que estivesse, podia dizer aquela palavra magica que só você sabe, podia te abraçar e pedir pra vir comigo e te prometer que dessa vez ia dar tudo certo.
Podia qualquer coisa, menos deixar você passar e levar de mim o que me sobrou de você.
Viver essa vida esta sendo tão pesado, não sei por onde andar, e se devo mesmo andar pra essa direção.
Talvez diminuiria o peso se eu voltasse e te falasse o que eu quero agora, não precisa ser pra sempre, só quero agora você aqui, por um dia, por uma noite...
agora!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Papo de cozinha


Entre o som de algo fervendo no fogão, entre o barulho que a faca na sua mão faz cortando os legumes, entre o ranger da porta que o vento causa, entre algum som que vem lá de fora... Eu me encontro em uma atmosfera que não quero sair.
Você faz planos, assim como eu... diz e parece ser em um futuro tão próximo!
Êxtase de ansiedade, só isso que me permiti sentir quando ouvi a frase "mês que vem"...
Me senti de certo modo completa, sentada ali, olhando você distraído falar sobre o que poderíamos fazer, de que forma, de que modo, daqui a quanto tempo...
Cheiro de algo bom sendo feito completou minha imaginação, imaginei algo bom sendo feito no nosso canto, na nossa paz e no feliz para sempre que eu sabia que existia.
Senti o gosto do que é amar, ser amado, ter planos e ser correspondido com planos bem maiores do que se esperava.
Senti o gosto do prazer que vai ser dividir com você o resto da minha vida, e construir uma vida em cima desse papo de cozinha.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Obrigada


Eu sabia que só precisava de algumas horas e um pouco de coragem pra ligar e propor algo.
Eu tentei por varias vezes pensar em algo que me fizesse sentido, algum olhar que foi mais que uma troca de olhar, algo atrás dos olhos que me reparavam.
Achei muitas coisas que fizessem sentido. Mas o que não fazia sentido era ter sentido.
Tempo.
Só precisei disso...
A formula do que vivo hoje é tempo e paciência.
Paciência que até hoje ando exercendo, paciência pra lidar com o que passou e com aquilo que infelizmente não quer passar, sair do presente e passar de vez pro passado.
Nada que me preocupe, ando me preocupando tão pouco com as coisas pequenas...
Ando passando de amor pra amor fortificado.
Essa minha formula só eu sei como foi feita com meu suor...
Nada de arrependimentos, só tenho a agradecer a ele por ter valido a pena.