segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Two thousand and eight


Se errar for sentir isso, que os grandes poetas que são contra isso que vou afirmar me desculpe, mas eu quero viver errando.
A dor já não me era um impecílio, não era ela que vivia em mim, era eu que vivia nela, e até vivia dela, para assim continuar.
Mesmo sabendo que aquele desespero todo era moda em 73, e já sendo antiquado, eu não me importava em me descabelar assim que ele se virava e ia.
Eu não me importava em vê-la chorando por isso, mesmo não me orgulhando muito disso, mas sei que não seria de outro jeito.
Eu até lutaria contra essa vontade louca de você, mas sabendo que ia ser atoa, logo depois eu cogitaria te ver e acabar com essa luta comigo mesma.
Doía, muito!
Mas, era uma dor suportável, suportável por eu receber muito em troca dessa dor.
Eu só queria a noite, os bancos aconchegantes, o barulho do silêncio da de fora, aquela chuvinha fina, a meia luz que vem do seu radio, e o zumbido de alguma musica romântica saindo dele.
Hoje, eu só quero ter isso eternamente...

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