terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ciume



Dizem que não faz bem, que dói e aperta algo aqui dentro.

Eu não sei lidar muito bem, e nem quero aprender, só de pensar minha boca perde a cor ou algo que tinha aqui.

Dizem que alguns são capazes de morrer, de matar e de sofrer.

Eu sou adepta ao sofrer.

Sofro pelo que gosto, tenho e tenho como presente.

Sofro como quem não sabe lidar com o passado.

Não aquele passado, mas com aquelas coisas de menos importância... aquele curto "namorico" que minha avó apelida assim, aquela paixão de uma semana ou mais.

Aqueles de anos, tempos, eu não me deixo sentir ciumes, me deixo entender que dele eu não necessito ter.

Não me vejo como maluca, pscicopata nem desalienada.

Me vejo amando, a ponto de sentir essa pulsação alta ao pé do ouvido, o suor gelado, e guardar pra mim.

Sou adepta a passar madrugadas acordadas pensando naquela cena que ouvi, imaginando se foi como...

Sou adepta da solidão as vezes, ela me revigora, ele me melhora.

Como agora.

A solidão me bate a janela, pedindo abrigo dessa chuva que não faz parar.

Deixo ela entrar como quem deixa um rei no seu palácio, ela já é de casa, sabe como se acomodar.

Deixo ela dançar sobre mim, a escuridão e o barulho da chuva dão o tom da musica fina que vem dela.

Boa noite...

A solidão mais uma vez me pôs pra dormir...

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