terça-feira, 4 de maio de 2010

Desamor


Arrumei as malas, taquei lá as magoas, as dores, os medos e as lembranças.
Sem dó fechei.
E, sem pensar duas vezes coloquei ela no primeiro trem que passou.
Não fui junto dela, eu queria me livrar dela. Aquilo tudo que ela carregava me consumia, de tal forma, que não me deixava ser feliz.
Só me arrependi por um motivo. Não pensei em quem a achou. Não desejo o que guardei ali pra ninguém.
Pensei em procurá-la, mas estou tão bem sem ela, aquele peso, aquela mala.
Desejo boa sorte pra quem achou. A sorte que não tive. E a coragem que me faltou pra voltar atrás de desfazer aquilo tudo que estava lá, naquela mala.

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